Florestan Fernandes veio de família humilde. Filho de lavadeira, engraxate quando criança, sua trajetória lembra a de milhões de brasileiros que lutam de forma árdua pela sobrevivência. Dono de uma coerência férrea, soube fazer de seu caminho de vida exemplo.
No entanto, o motivo principal que nos traz a esta tribuna no dia de hoje não é o de homenagear a memória desse grande intelectual. É o de lembrar seu papel de tribuno do povo, de militante socialista que defendeu, nas ruas e nesta casa, os interesses dos trabalhadores e dos oprimidos de nosso País.
Florestan Fernandes, como todos sabem, pertenceu aos quadros do Partido dos Trabalhadores. Porém não foi um de seus fundadores, vindo a integrar-se no ano de 1986, quando saiu candidato a deputado constituinte, obtendo a quarta maior votação da bancada. Antônio Candido destaca a dimensão da figura de tribuno do povo que se sobressai e ultrapassa a dimensão partidária propriamente dita, como se o intelectual coletivo verbalizasse em sua própria trajetória a força, a energia dos oprimidos: “[...] um homem que, sem pertencer a qualquer organização definida, pôde agir sobre a sociedade, devido à força intelectual e moral adquirida em dois decênios de aprendizagem.”
terça-feira, 24 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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